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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
AULA V - O QUE SÃO: ACIDENTES, INTERVALOS E GRAUS NA MÚSICA?
Olá Galera !!!
Bom, na aula passada nós aprendemos o que são as Notas Musicas e o que elas representam na música. Além disso, também aprendemos sobre o sistema de Cifras e como ele nos ajuda a interpretar a leitura de um acorde.
Continuando nos nossos estudos sobre a Arte de se Tocar Violão, e hoje vamos falar sobre Acidentes Musicais, os Intervalos entre as Notas Musicais e o Sistema de Graus. Estão prontos? Então vamos lá !
Pessoal, existem algumas Notas Intermediárias que ficam entre as notas da Escala Natura. Pra dar nome a essas notas intermediárias nós vamos usar 02 (dois) Acidentes. Veja o conceito abaixo:
ACIDENTES: É quando alguma nota musical sofre algum tipo variação, seja aumentando ou diminuindo sua altura.
Existem 02 (dois) tipos de acidentes: SUSTENIDO (#) e o BEMOL (b).
SUSTENIDO(#): Eleva a altura da nota em 1/2 tom ou 1 Semitom.
BEMOL(b): Abaixa a altura da nota em 1/2 tom ou 1 Semitom.
Anotação: Pessoal o termo "Elevar" ou "Abaixar" quer dizer que estamos nos movendo no braço do violão, ora no sentido da Mão do violão em direção ao Corpo (elevar), ora no sentido contrário, ou seja, no sentido do Corpo do violão até a sua Mão. Então sempre que eu usar a expressão "elevar" ou "abaixar" você já sabe o que eu estou querendo dizer, entendido? Blz !!!
Vamos nos lembrar agora da Escala Natural de Dó Maior que vimos na aula passada. Olha ela aí embaixo:
1) C - D - E - F - G - A - B - C
Agora, vamos adicionar a essa escala os Acidentes Musicais que vimos acima e ver como ela vai ficar:
2) C - C# - D - D# - E - F - F# - G - G# - A - A# - B - C
Ou também ela pode ficar assim:
3) C - Db - D - Eb - E - F - Gb - G - Ab - A - Bb - B - C
Vamos agora tirar algumas lições importantíssimas para o nosso estudo:
1 - Primeiro vamos observar que antes eu tinha apenas 07 (sete) notas musicais, também chamadas de Notas Naturais e fazem parte da Escala Natural. Agora eu tenho 12 (dose) notas, sendo que 05 (cinco) delas são Acidentes Musicais, são elas: C# - D# - F# - G# - A# ou pode ser também Db - Eb - Gb - Ab - Bb.
2 - Quando eu acrescento os 05 (cinco) Acidentes Musicais a minha Escala Natural, eu deixo de ter uma escala natural e passo a ter uma Escala Cromática. Que é exatamente uma escala formado pelas Notas Naturais e os seus Acidentes.
3 - Eu posso ter 02 (dois) tipos da Escala Cromática. Eu posso ter a Escala Cromática SUSTENIDA (#), onde eu ELEVO cada nota musical apenas 1/2 Tom ou 1 Semitom. E também posso ter uma Escala Cromática BEMOL (b), onde eu ABAIXO cada nota musical 1/2 Tom ou 1 Semitom.
Observe o exemplo a seguir pra ficar mais claro. Vamos tomar como base as notas Dó(C) e Ré(D):
Você pode perceber no exemplo acima que entre as notas C e D e existe uma nota Acidente, e esta nota pode receber 02 (dois) nome distintos, dependendo do tipo de Acidente. Ela pode ser: Dó Sustenido (C#) ou Ré Bemol (Db).
Eu quero dizer que se eu AUMENTAR a altura da nota Dó (C) em 1/2 Tom eu terei um Dó SUSTENIDO (C#), ou se eu ABAIXAR a altura da nota Ré (D) em 1/2 Tom eu terei um Ré BEMOL (Db). Mesmo com nomes diferentes essas duas notas C# e Db tem o mesmo som, pois são a mesma nota.
Seria mais ou menos assim: C --(aumentando 1/2 Tom)--> (C#/Db) <--(diminuindo 1/2 Tom)-- D
Pessoal esse conceito só não vale pras notas Mi(E) e Fá(F), Si(B) e Dó(C), pois entre essas notas NÃO EXISTE ACIDENTES. Ou seja, quando elevamos em 1/2 Tom a nota Mi(E) o que obtemos é a nota Fá(F) e não um E#. O Mesmo acontece quando abaixamos a nota Dó(C), o que obtemos é a nota Si(B) e não um Cb. Entendido!
Ficou claro aqui pessoal sobre o que são os Acidentes Musicais e como eles alteram as notas musicais, ora aumentando e ora diminuindo a sua altura e que sempre que isso acontece nós damos nomes diferentes para cada nova nota que é criada? Blz, vamos seguir mais um pouco então !!!
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INTERVALOS ENTRE NOTAS
INTERVALO: É a distância que existe entre dois sons, ou duas notas musicais.
Existem dois tipos de intervalos: SEMITOM (ST) e o TOM (T)
SEMITOM (ou 1/2 Tom): É o menor intervalo entre dois sons.
TOM: É o intervalo formado por dois semitons.
Para que possamos ter uma compreensão melhor desse conceito de Intervalo e de Tom e Semitom vamos voltar a nossa escala de Dó Maior (C).
Ex.: C - D - E - F - G - A - B.
Obs.: O nome real da Escala de Dó Maior é Escala Natural ou Diatônica, pois a base para a sua formação é feita de Tons e Semitons.
Se nós desmembramos a Escala Natural nós iremos descobrir que ela é formada a partir de uma fórmula de Tons e Semitons:
A fórmula da Escala Natural Maior como podemos ver é a seguinte: "T - T - ST - T - T - T - ST".
Resumindo: entre as Notas Musicais eu posso ter Intervalos de Tons ou de Semitons e quando eu junto esses intervalos segundo a fórmula eu formo a Escala Natural Maior.
Pessoal mais na frente quando nós vamos estudar sobre a Formação de Acordes nós vamos fazer um estudo mais profundo sobre as fórmulas das escalas musicais, por enquanto vamos nos concentrar em aprender o que é TOM E SEMITOM. Por enquanto isso basta!
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Pra finalizar a nossa aula de hoje vamos falar sobre o Sistema de Graus e de que forma ele é utilizado.
SISTEMA DE GRAUS: foi desenvolvido para representar de maneira clara a "ordem das notas musicais", ou seja, é com esse sistema que vamos poder organizar e posteriormente identificar com mais facilidade quais são as notas que irão nos interessar na hora de formar um acorde. O Sistema de Graus é também um parceiro importantíssimo na hora em que fomos estudar as Escalas Musicais.
Olha só este exemplo. Vamos tomar como base a Escala de Dó Maior (C):
Ex.: C - D - E - F - G - A - B
Se eu fizer a seguinte pergunta: Qual é a primeira nota musical da escala de dó maior? Qual será?! Se você respondeu o próprio DÓ, parabéns você acertou. E você sabe por quê ?
Sempre que uma nota musical iniciar uma escala, ela se tornará a primeira nota da escala; ou seja, Primeiro Grau da Escala. Ok !!!
Vamos pegar novamente a escala de Dó Maior(C), só que agora vamos acrescentar à ela os respectivos Graus de cada nota. Olha só, ficará assim:
Ex.:
C - D - E - F - G - A - B
I - II -III-IV-V- VI-VII
Agora que fica muito mais fácil identificar as nota musicais utilizando o Sistema de Graus. Quer ver? Me diga que nota musical corresponde ao II grau da escala de Dó Maior?
R: a nota Ré (D), pois ela está na segunda posição. Entendeu !!! Sendo assim eu posso dizer que Ré (D) é o II GRAU de Dó (C).
Agora e fácil dizer que o Sol (G) é o quinto grau de Dó (C). O Si (B) é o sétimo grau de Dó (C) e assim por diante...
Viu como ficou fácil e prático, pois esse é exatamente a utilidade do Sistema de Graus, facilitar a visualização dos Graus de cada Nota.
Pessoal eu espero que todos tenham aprendido bastante até aqui e que tudo o que foi falado tenha servido para aumentar o seu conhecimento musical.
Uma palavra que posso dizer à você sobre o estudo da música é: NÃO DESISTA POIS LOUVAR À DEUS COM PERFEIÇÃO É BOM DEMAIS !!!
Link da Vídeo Aula: http://www.cifraclub.com.br/tv/videoaulas/teoricas/638/
Pra guardar no coração: Sl 145.18: "O Senhor está perto de todos que o invocam...com sinceridade".
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
AULA IV - O QUE SÃO: NOTAS MUSICAIS E CIFRAS?
Olá pessoal, estamos aqui para dar continuidade as nossas aulas. Hoje vamos falar sobre alguns conceitos que são importantes para que possamos começar a manusear o violão.
Em primeiro lugar vamos esclarecer alguns detalhes que você precisa saber. Você sabe, exatamente, o que é uma Nota Musical? Não! Sem problemas, vamos aprender agora.
NOTA MUSICAL: É um termo empregado para designar o elemento mínimo de um som, formado por um único modo de vibração do ar. Sendo assim, a cada nota corresponde uma duração e está associada uma frequência.
Mesmo que você não seja nenhum músico profissional, você já deve, em algum momento, ter ouvido ou lido alguma sobre as famosas Notas Musicais. Provavelmente você se lembra quantas e quais são elas. Se você não lembra vamos refrescar a memória, elas são: 07 (sete) notas - DÓ - RÉ - MI - FÁ - SOL - LÁ - SI. Lembrou, muito bem!
Agora que você já aprendeu o que é uma Nota Musical e quais são elas, vamos avançar no nosso estudo.
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Há um outro conceito muito importante que você vai precisar aprender para que possamos prosseguir. Eu estou falando das tão famosas "CIFRAS". Você sabe o que é uma Cifra? Não! Não tem problema, dá uma olhadinha no conceito aqui em baixo.
CIFRA: É um sistema de Notação Musical usado para indicar algum acorde específico e para isso se utiliza alguns caracteres especiais, tipo: Símbolos Gráficos, Letras e até mesmo Números.
As Cifras servem para mostrar, de uma maneira mais prática, o nome das notas musicais e também dos acordes, que devemos tocar. Resumindo, ao invés de escrever na música a nota DÓ MENOR COM SÉTIMA MENOR, QUINTA AUMENTADA EM SEGUNDA INVERSÃO, nós simplesmente escreveremos o seguinte: Cm7#5/G. O que você acha, não ficou mais prático ?! É esse exatamente a função da Cifra.
Veja como é utilizado o sistema de Cifras. Cada nota musical é representada por uma letra do alfabeto, observe o exemplo abaixo:
Dó ---> (C) / Ré ---> (D) / Mi ---> (E) / Fá ---> F / Sol ---> (G) / Lá ---> (A) / Si ---> (B)
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Muito bem pessoal. Até aqui já aprendemos muitas coisas importantes. Parabéns !!! Agora vamos prosseguir mais um pouco.
Como falamos acima, a Cifra é um sistema que para expressar o nome das notas ou acordes ela se utiliza de alguns caracteres especiais, exemplo: Letras, Símbolos e Números. Essas caracteres quando são adicionados ao lado das notas musicais eles passam a alterar a sua sonoridade, criando assim uma nova nota musical, com uma estrutural musical bem diferente da nota original.
Vamos mostrar afinal que tal de Caracteres Especiais são esses que tanto temos falado nessa aula hoje.
Esses caracteres podem alterar a Cifra de 03 (três) maneiras:
1⁰) TIPOS DE ACORDES: Maior, Menor(m), Sustenido(#) ou Bemol(b). Ex.: C - Cm - C# - Cb.
2⁰) EVENTUAIS ALTERAÇÕES: Aumentada(aum), Diminuta(⁰), 7ª Menor, 7ª Maior(+). Ex.: C⁰ - C7 - C7+
3⁰) INVERSÃO DE ACORDES: 3ª, 5ª ou 7ª no baixo. Ex.: C/E - C/G - C/B.
Ou seja, assim como nós temos a nota "C" (dó maior). Também podemos ter uma nota "Cm" (dó menor). Ou também podemos ter "C#m" (dó sustenido menor), e por aí vai. Ou seja, sempre que eu acrescentar ao lado de uma nota musical algum caractere especial, esse caractere não só altera o nome dessa nota musical, como também a sua sonoridade, ela deixa de ser aquela nota inicial e se torna outra (em muitos casos) bastante diferente. Entenderam? Blz !
Olha só pessoal no que diz respeito ao estudo das Cifras há muito mais coisas que podemos comentar, mas vamos deixar essas explicações mais detalhadas pra nossa próxima aula pra não confundir a cabeça de ninguém, ok. O importante agora é vocês saberem que a partir de agora nós vamos sempre trabalhar com o sistema de cifras, por isso estudem novamente essa nossa aula e qualquer dúvida, por favor, nos perguntem. Teremos o maior prazer em responder.
Meus amigos, até a próxima aula e que Deus seja o seu amigo todos os dias.
Link da Vídeo Aula: http://www.cifraclub.com.br/tv/videoaulas/teoricas/540/
Pra guardar no coração: 2Co 3.5: A Nossa capacidade vem de Deus.
AULA III - PRIMEIROS CONCEITOS
Olá pessoal tudo bem,
Estamos aqui para dar continuidade as nossas aulas sobre o violão, mas antes de começarmos a falar do assunto propriamente dito, vamos aprender e fixar na cabeça alguns dos conceitos básicos, porém de extrema importância, que vocês irão precisar saber e que os ajudarão nas demais aulas, ok! Por isso nada de preguiça e vamos estudar de verdade, pois eu garanto que vocês me agradeceram no futuro. Então vamos lá!
Em primeiro lugar vamos procurar aprender o básico: O que é Música? Quais são os elementos que compõem a Música?
MÚSICA - É a arte de combinar sons de uma maneira agradável aos ouvidos.
A Música se divide em três partes:
Melodia - Combinação de sons sucessivos;
Harmonia - Combinação de sons simultâneos;
Ritmo - Uma combinação de valores das notas dispostas no tempo em que são executadas;
Além desses conceitos que acabamos de aprender aqui, também existem outros tão importantes quanto e que não podemos deixar de lado, que são os conceitos relacionados com as Propriedades do Som:
Então vamos fazer as mesmas perguntas: O que é o Som? Quais são os elementos que compõem o Som?
SOM - É o choque entre dois objetos sonoros que produz uma vibração que viaja pelo ar e quando captada pelo nossos ouvidos e interpretada pelo cérebro nos dando a compreensão de qual som é aquele. Ex.: Uma campainha de bicicleta, freio de um carro, ou até mesmo uma música sendo tocada em algum rádio...
O Som tem quatro partes, ou propriedades:
Altura - É a propriedade que podemos distinguir os sons graves, médios e agudos.
Intensidade - É a força empregada na execução dos sons. As músicas poderão ser tocadas forte, fraco etc.
Timbre - É a qualidade pela qual podemos distinguir o corpo sonoro (instrumentos).
Duração - É a qualidade pela qual podemos distinguir o prolongamento das notas
Agora que já aprendemos o que é a Música e o que é o Som e quais são as suas propriedades ou elementos, vamos ver onde esses conceitos serão utilizados na prática. Mas isso só na próxima aula, então até mais e não deixem de rever tudo o que já ensinamos, ok !!!
Até a próxima aula...
Pra guardar no coração: Jr 17.7: Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja a esperança é o Senhor.
AULA II - AS PARTES DO VIOLÃO
Taaaarde Pessoal !!!
A Aula de hoje é sobre um assunto que aparentemente é sem importância, mas na verdade conhecer bem o seu instrumento é um dever de todo bom músico, por isso hoje vamos descrever de maneira bem prática quais são as partes desse instrumento tão rico de sonoridade, o Violão!
Basicamente o violão é composto de 03 partes: "Cabeça ou Mão, Braço e Corpo". De posse disso vamos começar pela Cabeça ou Mão.
CABEÇA OU MÃO:
É nela que se encontra a Cravelha ou Tarraxa, a Capelinha, e onde podemos ver o Tirante.
Cravelha (Tarraxa)
O nome correto é cravelha, e tem por finalidade aumentar ou diminuir a tensão das cordas do seu violão, e desta forma aumentar e diminuir a tonalidade do instrumento. Há vários modelos de cravelhas, as de fixação individuais ou agrupadas, abertas ou hermeticamente fechadas, os melhores fabricantes utilizam em grande maioria as fechadas pois estas mantém a lubrificação necessária internamente.
Nas cravelhas abertas é aconselhável a limpeza e lubrificação com óleo de máquina periodicamente, de forma a mante-las leves e livres do ferrugem.
As cordas devem ser colocadas de forma que para apertar as cordas o instrumentista faça um movimento anti-horário.
É necessário observar a seqüência que as cordas deverão ser postas nas cravelhas, a 6ª corda deve ser colocada sempre de forma a ficar na parte superior da cabeça, é a cravelha mais perto da pestana, e as cordas mais finas ficam nas próximas cravelhas, se houver cravelhas na parte inferior da cabeça do violão, a terceira corda ficará na cravelha mais distante da pestana a segunda corda na intermediária e a primeira na mais próxima da pestana do violão. Esta seqüência é utilizada universalmente, para evitar que tenhamos que ficar procurando visualmente onde estão presas as cordas.
Uma dica. Coloque a ponta das cordas na perfuração do rolo da cravelha e enrrole o resto da corda, você pode precisar de um pequeno pedaço de corda para reaproveitamento de cordas que venham a arrebentar próximo ao cavalete.
Capelinha
Em alguns violões para cordas de aço, encontramos a cobertura do tirante também chamada de capelinha, que nada mais é que uma placa de material sintético, presa a cabeça do violão com parafusos, que protege o encaixe onde fica um parafuso de ajuste do tirante ajustável.
Tirante
Existem três tipos de tirantes os ajustáveis os em formato de "T" e os ocos em formato de "O". O tirante é colocado numa concavidade ao longo do braço.
O aumento ou a redução da tensão do tirante pode ajudar a fazer pequenos reparos em curvaturas criadas pela pressão das cordas no braço do violão.
O manuseio do tirante só deve ser feito após uma consulta cuidadosa nas instruções de manuseio que acompanham o instrumento.
É errôneo pensar que o tirante é capaz de corrigir qualquer tipo de empenamento do braço, há casos em que o ideal é mandar o violão para um especialista.
Para verificar se a curvatura do braço do seu violão está dentro dos padrões você deve inserir uma braçadeira na 1ª casa e pressione a 6ª corda uma casa acima do trasto da caixa (ver Escala) isto deve ser na 13ª ou 15ª casa dependendo do seu violão. Para verificar a concavidade, mede-se a distância entre a base interna da corda e a superfície dos 5º e 6º ou 7º e 8º trastos dependendo do trasto da caixa. A medida deve ficar entre 0,4 mm e 0,8 mm, um número maior que 0,8 mm quer dizer que você tem um violão com cordas pesadas demais, ou menor que 0,4 mm provavelmente ocorrerão trastejamentos, ou seja a corda bate nos trastos subseqüentes e isto significa que o braço necessita de ajustes.
Atenção, isto deve ser feito com todas as cordas soltas.
Para diminuir a curvatura gira-se o tirante no sentido horário.
Para aumentar a curvatura gira-se o tirante no sentido anti-horário.
O giro não jamais poderá ser superior a uma volta completa.
Ponha as cordas novamente e verifique se isto resolveu caso a curvatura continue superior a 0,4 mm e 0,8 mm, consulte um especialista para evitar maiores problemas.
BRAÇO:
É uma peça importantíssima do violão, pois é onde são executadas as notas musicais. No braço podemos encontrar as seguintes peças: Pestana, Escala, Trastos, Casas e os Botões de Marcação.
Pestana
Fica no início do braço do violão. Em alguns instrumentos funciona como se fosse o trasto zero e neste caso ela deve ter o mesmo formato que o braço, em sua escala tiver, além desta função a pestana possui entalhes por onde passam as cordas, e ajustam a distancia entre elas, e quando a pestana tem a função de trasto zero, a profundidade destes entalhes é de grande importância, pois é ela que regulará a altura das cordas, diminuindo ou aumentando a necessidade de esforço do executante para toca-las e até prejudicando a afinação. As cordas devem sair da pestana com a mesma altura dos trastos, para evitar que ao ser tocadas batam nos primeiros trastos, neste caso o uso de cunhas de madeira colocadas sob a pestana poderão ajuda-lo na realização de reparos temporários.
Antigamente era comum o uso do marfim no rastilho e na pestana dos violões, hoje em dia a escassez e o alto custo deste material fez com que os fabricantes tenham substituído o marfim por outras substancias sintéticas.
Escala
A madeira utilizada para a construção da escala é o ébano o jacarandá e outras madeiras duras.É uma peça de madeira colada na superfície do braço e caixa do violão, onde estão encravados os trastos e botões que servem para auxiliar o executante na localização das casas e geralmente se localizam nas seguintes casas 7ª, 9ª e 12ª.
A escala se junta a caixa de ressonância geralmente no 12º trasto, mas isso não é uma regra, há violões em que a junção da caixa ao braço é feita no 14º. O trasto que se localiza nesta junção, braço caixa de ressonância, recebe o nome de trasto da caixa, após este trasto é comum que hajam só mais 6 trastos.
As escalas dos violões de corda de náilon são em grande maioria planas, enquanto que os violões de corda de aço e guitarras apresentam escalas levemente abauladas, isto facilita a execução de acordes. As escalas de violões utilizados para solos geralmente são mais largas, a distância maior entre as cordas permite ao instrumentista a utilização efeitos como as puxadas.
Trastos
São filetes metálicos, têm perfil em "T", e a parte superior é arredondada com o intuito de evitar que estes metais venham a machucar o executante. Nos instrumentos de cordas dedilháveis dividem o ponto numa série de semitons. Apresentam-se nas mais variadas formas. Antigamente os trastos eram bastante altos em relação ao braço do violão, isto prejudicava a execução do instrumento.
Casas
Intervalos entre um trasto e outro onde deverão ser postos os dedos. Para evitar que o executante tenha que fazer esforço desnecessário, utilize os dedos sempre perto do trasto direito da casa, mas nunca em cima do trasto. O número de casas é geralmente 19 ou 22 no total.
Botões
Indicadores que facilitam a localização do instrumentista nas casas do violão geralmente são encontradas nas casas 7, 9, e 12, estes pontos de localização podem ser colocados na frente da escala, na parte superior do braço ou simplesmente não existirem.
CAIXA DE RESSONÂNCIA OU HARMÔNICA:
É na Caixa de Ressonância que ocorre a amplificação tornando assim o violão como um instrumento acústico tão espetacular.
Tampo
É a parte mais importante da caixa de ressonância, no que diz respeito ao timbre do violão. A madeira mais utilizado para confecção dos violões de alta qualidade é o pinho e o abeto embora haja no mercado até tampos feitos de madeira compensada ou laminada.
A sequóia é muito utilizada pelos norte americanos devido a facilidade de encontrar este tipo de madeira nos estados unidos, além destas o cedro também é utilizado. O tampo pode ser plano ou abaulado, o plano muitas vezes tem um imperceptível abaulamento, este abaulamento é feito para evitar possíveis rachaduras provocados por impacto ou mudanças bruscas de temperatura.
Cavalete:
É a sustentação do rastilho, e por sua vez também influencia no timbre do instrumento, o cavalete pode ser móvel ou fixo. O cavalete móvel geralmente é utilizado em violões de tampo abaulado, e a 12ª casa pode servir como base da localização do cavalete móvel, pois o trasto da 12ª casa fica exatamente na metade do comprimento de escala do violão, é ainda interessante salientar que a 6ª corda é 4,8 a 6,4 milímetros mais longa do que a primeira, isto deve ser feito para compensar o aumento de tensão das cordas quando pressionadas.
O tipo de cavalete sinaliza o tipo de cordas a ser utilizada, existem cavaletes que tem encaixe para cordas de guitarra, outros apenas uma perfuração indicando que poderão ser utilizadas cordas de náilon ou aço e outros nos quais as cordas são presas por cravos e que também sugerem a utilização de cordas de guitarra.
Existem cavaletes que além da possibilidade de ajuste da extensão das cordas também possibilitam o ajuste de altura das cordas, mas para realizar um ajuste destes é necessário verificar se o braço não apresenta-se desajustado em relação à caixa de ressonância. As medidas da distância da corda até o primeiro trasto da caixa de ressonância varia dependendo das finalidades do instrumento.
Guitarras
1ª Corda 1,60 mm
6ª Corda 2,40 mm
Violões
1ª Corda entre 2,40 a 3,20 mm
6ª Corda entre 3,20 a 4,00 mm
Rastilho
O rastilho fica encaixado no cavalete e é encarregado de transmitir a vibração das cordas à caixa de ressonância. Antigamente era feito de marfim ou osso, hoje em dia os materiais sintéticos tomaram este lugar, barateando os custos das empresas. O rastilho mal posicionado pode provocar problemas de afinação, e além disso é ele uma das partes do violão que influencia no timbre.
Boca
É o local por onde passa o som da caixa de ressonância, a boca também é um local que influencia no timbre do violão, conforme o local em que é feita o tamanho e a quantidade de bocas.
Roseta e o Mosaico:
É a decoração que circunda a boca do violão, e ao contrario do que se pensa, não é só um enfeite, ela faz parte do acabamento do violão e tem a função de reforçar o tampo na parte da boca, onde a madeira é frágil e recebe grande quantidade de pressão da estrutura.
Escudo
É muito comum em violões de aço encontrarmos uma proteção de material sintético que fica na parte inferior do tampo, sua finalidade é proteger o tampo do violão de arranhões provocados pelo pelo instrumentista ao tocar.
Faixa Lateral e Fundo
Geralmente são feitas do mesmo tipo de madeira, o melhor tipo de madeira utilizado é o jacarandá brasileiro, mas alguns fabricantes europeus e norte-americanos estão utilizando o jacarandá italiano, uma vez que a variedade brasileira está um tanto quanto escassa. Outras madeiras utilizadas com freqüentemente e com bons resultados são a nogueira africana, o mogno, o maple e o plátano
Parabéns, agora você já está apto para manusear com perfeição este maravilhoso instrumento. Não esqueça que deve manter o seu instrumento sempre bem afinado e longe da umidade para que ele não venha ter problemas e perder a qualidade do seu som, ok !!!
Até a próxima aula e Deus seja convosco todos os dias !!!
Link da Vídeo Aula: http://www.cifraclub.com.br/tv/videoaulas/teoricas/639/
Pra guardar no coração: Jo 16.13a: Quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda verdade.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
AULA I - A HISTÓRIA DO VIOLÃO
Olá Galera do Deus, tudo bem com vocês !
Aqui começa o nosso tão esperado curso de música, que tanto Deus tem falado conosco e espero que tudo o que seja dito aqui sirva pra enriquecer o seu aprendizado nesta arte tão bela que é tocar violão.
Bem, como vocês sabem, antes de se praticar algo novo, deve-se primeiro ter um pouco de conhecimento sobre o assunto em questão, para que depois possamos botar em prática aquilo que aprendemos; por isso a nossa primeira aula será exatamente sobre a história desse maravilhoso instrumento, que foi se desenvolvendo aos poucos com o passar dos anos até chegar nos nossos dias da maneira que é hoje. Entendido. Então vamos aprender !!!
VIOLÃO EM TEMPOS REMOTOS
Sem sombra de dúvidas uma longa história que começou a ser descoberta há quase dois mil anos antes de cristo. Na antiga Babilônia arqueologistas encontraram placas de barro com figuras seminuas tocando instrumentos musicais, muitos deles similares ao violão atual (1900-1800 a.C.). Um exame mais detalhado nos mostra que há diferenças significativas no corpo e no braço. O fundo é chato, portanto sem relação com o alaúde, de fundo côncavo. As cordas são pulsadas pela mão direita, mas o número de cordas não é preciso mais em algumas placas pelo menos duas cordas são visíveis. Indícios de instrumentos similares ao violão foram encontrados em cidades como Assíria, Susã e Luristan.
EGITO: O único instrumento de cordas pulsadas era a HARPA de formato côncavo que depois foi acrescentada de um braço com trastes cuidadosamente marcados e cordas feitas de tripa animal. Pouco tempo depois estas características se combinariam e evoluíram para um instrumento ainda mais próximo do violão.
ROMA: Instrumento totalmente de madeira surge (30 a.C-400 d.C.). O tampo que antes era de couro cru (semelhante ao banjo) agora é de madeira e possui cinco buracos. É importante frisar que nas catacumbas egípcias foram encontradas instrumentos com leves curvas características do violão.
O primeiro instrumento de cordas europeu, de origem medieval data de 300 anos depois de cristo, e possuía um corpo arredondado que se interligava com um braço de comprimento considerável. Este tipo de instrumento foi utilizado por muitos anos e foi o antepassado provavelmente da teorba.
Há também a descrição de outro instrumento datado da Dinastia Carolingian que pode ser de origem tanto alemã como francesa. Este instrumento possuía formato retangular e seu corpo era equivalente ao seu braço. Em ilustrações pode se observar que na “mão ” do instrumento (de formato arredondado) se encontravam de quatro e as vezes cinco tarraxas de afinação, com um número de cordas equivalente. Este instrumento manteve seu formato e suas definições até o século quatorze.
Paralelamente á este instrumento, outro começou a se desenvolver. Possuía leves curvas nas laterais do corpo tornando-o mais anatômico e confortável. Descrições deste instrumento foram encontradas em catedrais inglesas, espanholas e francesas datadas do fim do século quatorze. Surgia então a guitarra.
É importante frisar que haviam distinções, como a guitarra Latina e a guitarra Morisca. A guitarra Morisca , como o nome indica, tinha origem Moura, devido a colonização da Espanha e da África do Norte.
Este instrumento possuía um corpo oval e o tampo possuía vários furos ornamentados chamados de Rosetas. Era totalmente remanescente do Alaúde, e dentro deste conceito uma série de outros modelos, com diferentes números de cordas também existiam.
Já a guitarra Latina , tinha as curvas nas laterais do corpo que marcariam o desenho já quase definitivo do instrumento. A guitarra latina (assim como a Morisca) gozavam de grande popularidade e gosto na Europa Medieval.
Essa popularidade se devia principalmente a presença dos “Trovadores”, músicos de natureza nômade que com suas performances e constantes viagens enriqueceram a cultura europeia e impulsionaram a popularidade e reconhecimento do instrumento. Até a Idade Média as informações sobre a guitarra eram obtidas de maneira indireta na sua maioria, através de afrescos, pinturas e pequenas anotações da época. A partir do período Barroco, as informações sobre instrumentos em geral e sobre música são muito mais claras e precisas.
Embora não seja bem definida, pois existem segundo musicólogos várias teorias para o sua criação, hodiernamente apresentam-se duas, citadas por Emílio Pujo na sua conferência de nome “La guitarra y su História” que ocorreu em Paris no dia 9 de Novembro de 1928, onde resolveu que: A primeira hipótese é de que o Violão seria derivado da chamada “Khetara grega”, que com o domínio do Império Romano, passou a se chamar “Cítara Romana”, era também denominada de “Fidícula”.
Teria chegado á península Ibérica por volta do século I d.C. com os romanos; este instrumento se assemelhava á “Lira” e, posteriormente foram acontecendo as seguintes transformações: os seus braços dispostos da forma da lira foram se unindo, formando uma caixa de ressonância, a qual foi acrescentado um braço de três cravelhas e três cordas, e a esse braço foram feitas divisões transversais (trastes) para que se pudesse obter de uma mesma corda a ser tocado na posição horizontal, com o que ficam estabelecidas as principais características do Violão.
A segunda hipótese é de que o Violão seria derivado do antigo “Alaúde Árabe” que foi levado para a península Ibérica através das invasões muçulmanas, sob o comando de Tariz. Os mouros islamizados do Maghreb penetraram na Espanha cerca de ( 711 ) e conseguiram vencer o rei visigodo Rodrigo, na batalha de Guadalete. A conquista da península ( 711-718 ), formou um emirado subordinado ao califado de Bagdá.
O Alaúde Árabe que penetrou na península na época das invasões foi um instrumento que se adaptou perfeitamente á s atividades culturais da época e, em pouco tempo, fazia parte das atividades da côrte. Acreditava-se que desde o século VIII tanto o instrumento de origem grega como o Alaúde Árabe viveram mutuamente na Espanha.
Isso se pode comprovar pelas descrições feitas no século XIII, por Afonso, o sábio, rei de Castela e Leão ( 1221-1284 ), que era um trovador e escreveu célebres cantigas através das ilustrações descritas nas cantigas de Santa Maria, que se pode pela primeira vez comprovar que no século XIII existiram dois instrumentos distintos convivendo juntos.
O primeiro era chamado de “Guitarra Moura” e era derivado do Alaúde Árabe. Este instrumento possuía três pares de cordas e era tocado com um plectro (espécie de palheta); possuía um som ruidoso. O outro era chamado de “Guitarra Latina”, derivado da Khetara Grega. Ele tinha o formato de oito com incrustações laterais, o fundo era plano e possuía quatro pares de cordas. Era tocado com os dedos e seu som era suave, sendo que o primeiro estava nas mãos de um instrumentista árabe e o segundo, de um instrumentista romano.
Isso mostra claramente as origens bem distintas dos instrumentos, uma árabe e a outra grega; que coexistiram nessa época na Espanha. Observa-se, portanto, como a origem e a evolução do Violão estiveram intimamente ligadas á Espanha e a sua história.
Como este instrumento passou a chamar-se “Violão”? Em outros países de língua não portuguesa o nome do Violão é guitarra, como pode se ver em inglês (Guitar), francês (Guitare), alemão (Gitarre), italiano (Chitarra), espanhol (Guitarra).
Aqui no Brasil especificamente quando se fala em guitarra quer se denominar o instrumento elétrico chamado Guitarra Elétrica. Isso ocorre porque os portugueses possuem um instrumento que se assemelha muito ao Violão e que seria atualmente equivalente á nossa “Viola Caipira”.
A Viola portuguesa possui as mesmas formas e características do Violão, sendo apenas pouco menor, portanto, quando os portugueses se depararam com a guitarra (Espanhol), que era igual a sua viola sendo apenas maior, colocaram o nome do instrumento no aumentativo, ou seja, Viola para Violão.
O VIOLÃO NO BRASIL
A VIOLA, instrumento de dez cordas ou 5 cordas duplas, precursor do violão e popularíssima em Portugal, foi introduzida no Brasil pelos jesuítas portugueses, que a utilizavam na catequese. Já no século XVII, referências são feitas á viola em São Paulo, uma delas colhida por Mário de Andrade: “Em 1688 surge uma certa viola avaliada em dois mil réis, preço enorme para o tempo.
“E, caso curioso, esta guitarra pertenceu a um dos mais notáveis bandeirantes do século XVII: Sebastião Paes de Barros.”
Ainda na mesma obra, Mário de Andrade cita Cornélio Pires, para quem a viola é um dos instrumentos que acompanha as danças populares de São Paulo. A confusão entre a viola e violão começa em meados do século XIX, quando a viola é usada com uma afinação própria do violão, isto é, lá, ré, sol, si, mi.
A confusão no uso do termo viola/violão, continua nessa época como atesta Manuel Antônio de Almeida, autor da Memórias de um Sargento de Milícias (1854-55), quando se refere muitas vezes com terminologia da época do final da colônia, á viola em vez de violão ou guitarra sempre que trata de designar o instrumento urbano com o qual se acompanhava as modinhas.
A viola, hoje, tornou-se a viola-caipira, instrumento típico do interior do país, e o violão, depois de ter sua forma atual estabelecida no final do século XIX, tornou-se um instrumento essencialmente urbano no Brasil. O violão também tornou-se o instrumento favorito para o acompanhamento da voz, como no caso das modinhas, e, na música instrumental, juntamente com a flauta e o cavaquinho, formou a base do conjunto do choro.
Por ser usado basicamente na música popular e pelo povo, o violão adquiriu má fama, instrumento de boêmios, presente entre seresteiros, chorões, tornando-se sinônimo de vagabundagem. Assim o violão foi considerado durante anos.
Os primeiros a cultivar o instrumento de uma maneira séria foram considerados verdadeiros heróis.
O engenheiro Clementino Lisboa foi o primeiro a se apresentar em público tocando violão, especialmente no Clube Mozart, o centro musical da elite carioca fin-de-siècle. Ainda algumas figuras proeminentes da sociedade carioca dedicaram-se ao instrumento na tentativa de reerguê-lo, tal é o caso do desembargador Itabaiana, do escritor Mela Morais e dos professores Ernani Figueiredo e Alfredo Imenes.
Um dos precursores do violão moderno no Brasil foi Joaquim Santos (1873-1935) ou Quincas Laranjeiras, fundador da revista O Violão em 1928, e que nos últimos anos de vida dedicou-se a ensinar o violão pelo método de Tárrega.
Uns anos antes, 1917, Augustin Barrios se apresenta em uma série de recitais no Rio de Janeiro, tocando o instrumento de uma forma nunca vista/ouvida antes. Segue-se a tournée de Josefina Robledo, que tendo permanecido aqui por algum tempo, estabelece os fundamentos da escola de Tárrega.
Dessa época destaca-se a agora reconhecida obra de João Teixeira Guimarães (1883-1947) ou João Pernambuco, sobre quem Villa-Lobos dizia, a respeito de suas obras: “Bach não teria vergonha de assiná-las como suas.”
Atualmente a obra de João Pernambuco é bem conhecida graças ao trabalho de Turíbio Santos e Henrique Pinto.
Aníbal Augusto Sardinha (1915-1955), o Garoto, foi um dos precursores da bossa-nova. Atualmente as excelentes obras de Garoto ganharam vida nova, graças a Paulo Bellinati, que recuperou, editou e gravou boa parte de sua obra.
Mencionamos o samba-exaltação Lamentos do Morro, os choros Tristezas de um violão, Sinal dos Tempos, Jorge do Fusa e Enigma, e a Debussyana, entre tantas outras. Ainda na linha da música popular destacam-se Américo Jacomino (1916-1977), Nicanor Teixeira, e mais recentemente a figura de Egberto Gismonti com suas obras Central Guitare e Variations pour Guitare (1970), ambas de caráter experimental.
Também Paulo Bellinati realiza excelente trabalho como compositor, obras como Jongo, Um Amor de Valsa e Valsa Brilhante já ganharam notoriedade.
O violão no Brasil passou a se desenvolver, principalmente, em dois grandes centros, Rio e São Paulo, de onde vem a maioria dos grandes violonistas brasileiros, que tiveram ou têm sua formação instrumental com os professores destas cidades.
Em São Paulo, o excepcional trabalho desenvolvido pelo violonista uruguaio Isaías Savio (1900-1977), que teve sua formação violonística com Miguel Llobet, resultou em uma das melhores escolas de violonistas da América do Sul.
Depois de residir na Argentina, Savio radicou-se definitivamente no Brasil, primeiro no Rio, depois em São Paulo. Nesta cidade, onde desenvolveu a maior parte do seu trabalho, fundou a Associação Cultural Violonística Brasileira, e em 1947 tornou-se professor de violão do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, como fundador da cadeira de violão, a primeira do país.
Ainda em 1951, participou da fundação da Associação Cultural de Violão de São Paulo. Além desta intensa atividade, Savio se distinguiu pela composição de mais de 100 obras para o instrumento e cerca de 300 transcrições e revisões.
Hoje em dia suas compilações de estudos ainda são usadas em muitas escolas por todo o país.
Entre os discípulos de Savio que mais se destacaram está Antonio Carlos Barbosa-Lima (1944), que aos 13 anos estreou como concertista e aos 14 gravou seu primeiro LP.
Barbosa-Lima é na atualidade um dos mais conceituados violonistas, tanto em concertos, como na edição, transcrição e comissão de novas obras para o instrumento. Basta dizer que a Sonata op. 47 de Alberto Ginastera foi por ele comissionada e a ele dedicada.
Henrique Pinto, também aluno de Savio, é reconhecidamente um dos mais importantes pedagogos do instrumento na atualidade. Além de desenvolver uma grande atividade como editor e revisor de obras para violão, Henrique é o responsável por uma geração dos melhores violonistas brasileiros. Entre estes estão: Angela Muner, Jácomo Bartoloni, Edelton Gloeden, Ewerton Gloeden e Paulo
Porto Alegre.
Ainda de São Paulo devemos citar a Manoel São Marcos e sua filha Maria Lívia São Marcos, radicada na Europa, e Pedro Cameron, também compositor de excelentes obras como Repentes, vencedora do 1º Concurso Brasileiro de Composição de Música Erudita para piano ou violão – 1978.
No Rio, destaca-se a figura de Antonio Rebelo (1902-1965), que também foi aluno de Savio quando da residência deste no Rio. Rebelo desenvolveu atividades como docente, impulsionando o violão na cena musical. Entre seus discípulos estão Jodacil Damasceno, Turíbio Santos, Sérgio e Eduardo Abreu. Jodacil Damasceno (1929), além dos estudos com Rebelo, estudou com Oscar Cáceres. Turíbio Santos (1943), também estudou com estes dois mestres e com Julian Bream e Andrés Segóvia. Santos foi o primeiro brasileiro a vencer, em 1965, o Concurso Internacional de Violão da O.R.T.F., em Paris. Fez a primeira gravação integral dos doze Estudos de Villa-Lobos e participou da estréia mundial do Sexteto Místico, também de Villa-Lobos.
Turíbio é um dos maiores divulgadores da obra do grande compositor brasileiro e hoje dirije o Museu Villa-Lobos no Rio.
Os irmãos Abreu, Sérgio (1948) e Eduardo (1949), desenvolveram uma das mais brilhantes carreiras de concertistas internacionais. Ambos estudaram com seu avô Antonio Rebelo e com Adolfina Raitzin de Távora.
Foram premiados, em 1967, no Concurso Internacional de Violão da O.R.T.F.. Realizaram inúmeras gravações na Inglaterra, e se destacaram como um dos melhores duos de violão de todos os tempos.
Atualmente, Sérgio dedica-se á construção de violões. Ainda devemos mencionar outros violonistas cariocas como Léo Soares, Nicolas Barros, Marcelo Kayath, também premiado em Paris, e o brilhante Duo Assad, formado pelos irmãos Sérgio e Odair.
A música brasileira para violão tem se desenvolvido, praticamente, á sombra da excepcional, embora pequena, obra de Villa-Lobos, que continua sendo a mais conhecida nos meios violonísticos nacionais e internacionais. Alguns compositores tentaram reprisar o sucesso dos 12 estudos.
Este é o caso de Francisco Mignone (1897-1986), que com sua série de 12 Estudos (1970), dedicados e gravados por Barbosa-Lima, não obteve o sucesso musical almejado.
Já o mineiro Carlos Alberto Pinto Fonseca (1943), compôs Seven Brazilian Etudes (1972), também dedicados a Barbosa-Lima, nos quais demonstra um nacionalismo e lirismo da mais pura escola nacionalista.
O compositor paulista Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993), uma das figuras mais proeminentes da música brasileira escreveu pouco, mas bem, para violão. O Ponteio (1944), dedicada e estreada por Abel Carlevaro, a Valsa-Choro e os três pequenos Estudos, apresentam-se com uma linguagem mais livre da influência da obra violonística de Villa-Lobos. Mais original quanto a sua linguagem musical é a obra de Radamés Gnatalli (1906-1988).
A forte ligação de Gnatalli á música popular brasileira é claramente visível em várias de suas obras que misturam a música urbana carioca a uma refinada técnica e musicalidade.
Das suas obras para violão, destacam-se os vários concertos para violão e suíte Retratos para dois violões, Sonata para violoncelo e violão e a Sonatina para violão e cravo, além da inclusão do violãoem várias obras para grupo instrumental de caráter regionalista.
Edino Krieger (1928) compôs uma das mais importantes obras para o repertório dos últimos tempos. A Ritmata (1975), dedicada a Turíbio Santos, explora novos efeitos instrumentais e associa uma linguagem atonal a procedimentos técnicos utilizados por Villa-Lobos.
A obra de Almeida Prado (1943) Livro para seis cordas (1974) apresenta uma concepção musical originalíssima livre de qualquer influência violonística tradicional e que delineia bem o estilo deste compositor; esta obra ainda apresenta certas semelhanças com as Cartas Celestes (1974) para piano quanto á sua concepção sonora.
Marlos Nobre (1939) tem na série Momentos a sua obra mais importante para violão. Escrita a pedido de Turíbio Santos e projetada para 12 números, os primeiros quatro foram escritos entre 1974 e 1982.
Ainda de Nobre destaca-se a Homenagem a Villa-Lobos e Prólogo e Toccata op. 65. Para dois violões, Marlos Nobre recriou 3 Ciclos Nordestinos dos originais para piano, ótimas obras miniaturas que utilizam motivos do folclore nordestino.
Ricardo Tacuchian (1939) escreveu Lúdica I (1981), dedicada a Turíbio Santos, em que apresenta uma linguagem contemporânea com toques de nacionalismo e efeitos sonoros os mais diversos.
A sua Lúdica II (1984), escrita em homenagem a Hans J. Koellreutter, é uma obra mais tradicional quanto á sua concepção sonora. Jorge Antunes (1942) escreveu Sighs (1976), na qual o autos requer uma afinação especial para o segundo movimento, uma invenção em torno da nota si.
Lina Pires de Campos escreveu o excelente Ponteio e Toccatina (1978), obra premiada no 1º Concurso Brasileiro de Composição de Música Erudita para Piano ou Violão – 1978.
Deste mesmo evento surgiram novas obras, como o já mencionado repentes de Pedro Cameron, a Suíte Quadrada de Nestor de Holanda Cavalcanti e o ótima Verdades de Márcio Cortes. Ainda cabe aqui mecionar a obra do boliviano, radicado e ligado a Curitiba e ao Brasil durante anos, Jaime Zenamon (1953), dono de uma excelente e prolífica produção para o instrumento que tem sido extremamente bem aceita nos meios violonísticos internacionais.
Entre suas obras destacam-se Reflexões 7, Demian, The Black Widow, Iguaçu para violão e orquestra, Reflexões 6 para violoncelo e violão, e a Sonatina Andina para dois violões.
Muito bom pessoal, agora já sabemos como esse instrumento maravilhoso chegou até os nossos dias, vamos nos dedicar e aprender a manuseá-lo com perfeição, pois a bíblia diz que "...que tudo que façamos, façamos com perfeição a amor, pois isso agrada à Deus..."
Deus abençoe vocês !!!
Pra guardar no coração: Jó 22.25: O Todo-poderoso será o seu ouro, será pra você prata seleta.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
APRESENTAÇÃO
Tudo bom pessoal, aqui começa uma série de estudos e comentários que estaremos disponibilizando para todos aqueles que gostariam de aprender sobre a Arte de Tocar Violão.
Essas aulas que estaremos disponibilizando aqui fazem parte de projeto maior que estamos desenvolvendo na I.E.A.D. MIN. MISSÃO URGENTE, que fica no Setor Jardim Pompéia em Goiânia-GO. Nossas aulas acontecem sempre as terças e quintas-feiras às 20:30 h e elas são totalmente gratuitas. Por isso caso você tenha interesse em estar aprendendo conosco de maneira presencial ou virtual, fique a vontade para interagir conosco através desses blog ou pelo e-mail, ou também através do twitter. ok !!!
Que Deus abençoe à todos que já estão aprendendo e cooperando com esse nosso projeto, e caso você queira vir somar conosco por favor nos procure, você será muito bem vindo.
Essas são as nossas palavras iniciais de isentivo à todos.
Um grande abraço e que Deus te abençoe em todos os teus caminhos !!!
LUIZ DAVID DOS SANTOS MENDES
MSN: ipronto_24@hotmail.com
TWITTER: @DavidIpronto
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